quinta-feira, 30 de maio de 2013

Cocktails & Nightmares



Diz uma amiga minha psicóloga que eu em dívida opto pelo choque, talvez porque da segunda vez que me viu eu disse que "Amor é acordarem comigo sem estuque e dizerem que me amam.", não sei de onde é que ela tirou a ideia mas vá... psicólogos.

Uma das coisas que choca muita gente é o facto de eu nunca ter visto o "Top Gun", sem qualquer interesse em vê-lo, nunca vi "A Cor do Dinheiro" e não tenho qualquer interesse pelo Tom Cruise até ao "Entrevista com o Vampiro" em que ele fez um Lestat genial e mais tarde o "Magnolia".

No misto de filmes maus do Tom Cruise está o Cocktail que tenta dar algum glamour à profissão de bartender. As noites são uma festa, eles fazem malabarismo, seduzem todas e mais algumas e são grandes amigos até seduzirem a mesma.

Lembro-me do meu irmão a tentar fazer as cenas com as garrafas e praticamente todos os rapazes adolescentes sonhavam com aquela profissão, tirando eu que achei a história ridícula, todos eles uns totós, a Elizabeth Shue só à chapada e o Tom Cruise mereceu o Razzie de Pior Actor.

Dito isto, só pode ter sido uma piada quando recebi hoje um convite via SMS para me tornar um Flair Bartender...

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Let's have a Kaikai

Fica aqui a versão do "Let's have a Kiki" pelo meu querido Willam!


Agora vou andar com isto na cabeça o dia inteiro.

Jantar de Blogues



É um facto, já faz quase uma semana e não fiz um único post.

O jantar dos blogs leva-me aos míticos jantares do mIRC, onde conhecíamos as pessoas por trás dos ecrãs e das teclas, uns agradáveis surpresas, outros nem por isso mas sempre memoráveis.

Descobri que o 50 Shades of Grey é um excelente quebra-gelo (eu sabia que aquelas oito horas que perdi a ouví-lo iam dar fruto) porque acabamos sempre por discutir qual é o fascínio. Para mim o fascínio é a literatura erótica não ser mainstream, não estamos a contar com os romances da Sabrina. e embora ali o sexo não seja vanilla, é stracciatella.

Num jantar com 37 pessoas nem sequer vou fingir que conheci todos ou conversei com todos, especialmente porque no dia seguinte acordava cedíssimo

Roubando o formato do Francisco, seguem umas notas:

Mark - Um homónimo, honestamente estou sempre habituado a ser o único, mas vá desta escapa. ;)

Francisco - Também prefiro o Harry Potter, mas tenho o PDF se quiseres.

Alguém me diz o url do Meia Noite e um Quarto? - Para ti, espero que nunca percas essa ingenuidade, seja por ser do Porto ou não, dá-nos esperança para o futuro.

X do Comyxtura - Bloga mais, os comentários vais colocando.

João - Não fiquei nada chateado, se tivesse não tinha feito um post, esta internet não ajuda nada porque os escritos não têm linguagem corporal. Já explicaste ao teu amigo o que é um olho de Hórus e um pentagrama? ;)

Ribatejano - Também tenho uma costela, tens uma gargalhada contagiante

Do tri-angulo - Um grande beijinho e a ver se vamos para a frente com a ideia audio

Pedro - O teu livro está nas minhas leituras de Verão, muito sucesso e continua.

Margarida - És um amor, obrigado pela co-organização, pelo marcador e por tudo, a ver se cafezamos porque isto de querer o tempo de um dos organizadores no evento não é nada  elegante.

João - Um grande abraço, tive muito gosto e agora é vermo-nos de novo.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Há um ano atrás...


Há um ano atrás saí de casa com o telemóvel quase sem bateria, pensei que o carregaria com facilidade já que ia dar formação e não iria precisar dele.

Antes de entrar na sala de formação, olhei para o monitor com a barra da bateria a vermelho voltei a metê-lo no bolso continuando a pensar que o tinha que pôr a carregar.

As pessoas entraram na sala e o meu telefone vibrou, eu vi o caller ID e eu já sabia o que era. Atendi-o, disse que ia já, olhei para os meus formandos e disse "Peço desculpa mas vou ter que sair, a minha irmã morreu."

Cruzei-me com uma pessoa no corredor, disse-lhe a notícia e continuei em frente, passei por uma amiga que me quis dar um abraço e eu não queria chorar para conseguir conduzir.

Fui buscar a loira, sem ela acho que não tinha conseguido e fomos ter com ele, rodeado de pessoas, de frases feitas, de questões estranhas, fizémos dois orçamentos, um deles com um rapaz que não estava habituado a atender público, a dada altura acho que o consolámos a ele.

Partiste porque estavas em sofrimento mas fazes-me tanta falta, sinto falta da tua voz, do teu beijo, da tua gargalhada, das tuas chamadas de atenção, graças a ti sou pontual.

Fazes-me falta e dava tudo para te aqui, vou ter que me contentar por saber que estarás sempre comigo, viva no meu coração.

Amo-te muito e amo-te sempre.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Miga Mágica e os Marlboros Maravilhosos


Nota - A Miga nasceu de uma piada em 2011, teve direito a três capítulos e uma perda fez-me perder a vontade de escrever sobre a Miga, decidi revisitá-la e por isso vou publicar os três capítulos da Miga Mágica não só para a apresentar aos novos leitores mas também para relembrar os amigos.
Sem mais demoras, Miga Mágica e os Marlboros Maravilhosos!

Miga acordou logo pela manhã, quer dizer, tanto podia ser de manhã como de noite, mas a verdade é que pôs o despertador para as sete porque se não pusesse nunca chegaria ao trabalho a tempo, por isso foi logo pela manhã.

O barulho da passarada da sua rua, uma daquelas ruas com nomes de cidades em África que só quem lá viveu é que sabe onde eram, invadia o seu quarto juntamente com a sirene do camião do lixo. Miga deu por si a pensar que quando o camião do lixo vinha depois da meia noite, o barulho incomodava-a e ela tinha que voltar a ligar a televisão para ver o “Die Hard With a Vengeance”, mais uma vez e pensar que quem devia ter ganho era o Simon Gruber. Mas agora que o camião do lixo vinha de manhã, isso também não a satisfazia, afinal de contas ela queria fingir que estava a ouvir as notícias na televisão e aquela sirene misturada com os pássaros incomodava-a.

À medida que lavava o seu cabelo banal com um champô de supermercado pensava no dia que se avizinhava como caixa num hiper, ainda que não fosse uma função para lá de estimulante, Miga sentia-se a fazer parte do quotidiano das pessoas cujos produtos deslizavam pela borracha mal lavada  da caixa, pequenos segredos que faziam blip ao serem reconhecidos pelo leitor e passavam a ser do freguês, porque é que uns comiam Oreos normais e outros eram lambões e compravam das que eram cobertas com chocolate de leite? É que entupir artérias por entupir artérias, o recheio das Oreos já era Crisco com aroma a baunilha e açúcar, não precisava necessariamente de um empurrão. 

Mas Miga fazia parte de uma pequena elite que sabia o que era Crisco e embora ela tentasse recrutar mais e mais pessoas e quisesse destruir aquele conhecimento estupidamente hermético, ninguém queria saber e além disso, ela odiava as embalagens das Oreos cobertas com chocolate, nunca passavam no leitor e ela tinha que introduzir o código à mão numa maratona digital em que o freguês começava a bufar ligeiramente como se a culpa fosse dela, como se ela quisesse ter que esforçar a vista para introduzir aquela sequência em que invariavelmente se iria enganar.

O som do secador abafou o barulho que vinha da televisão que estava ligada no quarto e ela deu por si à mesa da avó no lar decrépito onde tinha acabado os seus dias, cujos dedos trémulos seguravam um Marlboro Lights mas que ao inalado lhe dava todo um brilho especial ao seu olhar, era como o portal de tempos de outrora, antes do pai de Miga ter derretido a fortuna da família no Bingo do Sporting.

“Ai Miga… vai fazer qualquer coisa a esse cabelo.”, dizia a matriarca ignorada depois de deitar o fumo cá para fora, “Podes estar na penúria mas não ser simplória. No meu tempo era impensável sermos vistas assim!”
“No teu tempo não havia tampões com aplicador…”, respondeu Miga até se aperceber do que tinha dito. A matriarca semicerrou os olhos como uma áspide prestes a atacar, ou pelo menos da forma como nós achamos que elas semicerram os olhos antes de atacar e perguntou “O quê é que disseste?”, Miga aproveitou a deixa e corrigiu “Mal tenho tempo para usar o secador!” e a senhora deu um suspiro de alívio, mas Miga nunca sabia se os lapsos eram entendidos ou não.
“Não devia fumar…” disse enquanto tentava agarrar a mão livre da avó numa tentativa de um gesto de carinho, a senhora percebeu e afastou a mão, “Porquê? Ainda me vão matar? Olha, menos uma despesa, ou achas que a vida ainda me aguarda muitas surpresas depois de dez anos aqui dia-após-dia? Tu continuas solteira e deves ficar assim, mas com esse cabelo não admira! E por um lado ainda melhor, eu já mal tive paciência para dois netos, quanto mais aturar os bisnetos vestidos em roupas pirosas enfiados naquelas coisas que parecem ovos , no meu tempo pagava-se a pessoas para nos criarem os filhos.”
“Mas os cigarros só lhe fazem é mal!”, ela reforçou genuinamente preocupada com a mulher enrugada, de baton cor de laranja e muito blush e cujo cabelo amarelo da nicotina tinha alguns vestígios de cinza que flutuavam no ar, libertos pelo tremelicar constante, ela tossiu, voltou a tossir, limpou a boca com um lenço de papel já manchado de laranja, “Já te disse, não estou particularmente preocupada em viver muito mais e estes… são o único luxo a que me posso dar, lembram-me noites de canasta e pequenos cálices de Porto com as minhas amigas a falarmos da vida de alguém que não estava presente.” e ouvindo isto, Miga desistiu pela enésima vez de convencer a avó que fumar lhe fazia mal. Afinal de contas, esta era a mulher que só comia bróculos se os talos tivessem sido tirados minuciosamente.
“Para ti isto é um veneno, mas para mim estes Marlboros são maravilhosos. Além disso são Light, fazem menos mal.”
Miga ainda tentou relembrá-la que agora eram Gold e não Light, mas desistiu antes de começar e com isto regressou à pastelaria do centro comercial “É um Compal de pêra e um pastel de nata.” disse ao senhor por trás do balcão e teve que o gritar porque o barulho da conversa ao redor aliado à máquina do café fazia com que o bis do pedido fosse um ritual. E durante um segundo, ela olhou para a máquina dos cigarros e viu os Marlboros.

Já na caixa, aproximou-se a primeira freguesa, Miga sorriu e perguntou “Tem cartão de cliente?”, a senhora respondeu com um ar distante “Quantos menos as pessoas sabem, mais elas teimam que sabem.”, Miga ficou confusa, então a freguesa agora respondia-lhe com frases do Osho?!?, ela pigarreou e repetiu “Não percebeu, quero só saber se tem cartão de cliente?” e a cliente sorriu ainda que com o mesmo ar distante “A vida é uma piada cósmica…”, face à segunda citação do Osho, Miga encolheu os ombros e começou a passar os produtos pelo leitor e ao ver o creme depilatório de marca branca sorriu “Ah, vais ficar com os pelos nas virilhas encravados, depois quero ver se continuas a citar Osho ou se passas para a Alexandra Solnado.”, a mulher cheirava a uma mistura de neroli com flor de laranjeira e quando tirava as coisas da mala para encontrar a carteira, tirou um maço de Marlboro e Miga ficou estupefacta, os cigarros perseguiam-na.

À hora do almoço, enquanto o Anacleto do talho aquecia um guisado que perfumou a copa inteira deu por ela a ponderar se conseguiria almoçar sem respirar para não ficar atordoada com o cheiro a comida requentada, não é que ela não gostasse de guisado, mas naquele instante a copa cheirava a peixe frito, arroz de tomate, guisado, lulas recheadas, bacalhau com natas e bifinhos com natas. Ela comia sopa de legumas mas estava fria, na sua cabeça se a tivesse aquecido no mesmo microondas,  era como se tivesse macerado todos os outros alimentos no dela.
Anacleto sentou-se ao pé dela e começou o diálogo nervoso do costume, a crise, reality shows, será que o primeiro ministro usa laca e depois perguntou-lhe: “Queres jantar um dia destes?”, ela sorriu e respondeu “Costumo jantar todos os dias, não é uma questão de querer, é um hábito. Mas, sim, porque não!” enquanto ele amassava um maço de Marlboro nas mãos e foi então que Miga visualizou tudo, o vestido que mais parecia um suspiro, a família do Anacleto, os miúdos estrábicos como ele e olhou e disse “Porque não…”, correu para o balneário, trocou de roupa e saiu porta fora sem dizer ai nem ui.

Passou na tabacaria, comprou um maço de Marlboro e meteu-se num cabeleireiro, quando saiu, de cabelo loiro e triunfante, acendeu um cigarro, engasgou-se e deixou-o cair. Acendeu outro, inalou, travou, exalou e disse para si mesma, “Tinhas razão avó… sempre tiveste razão…”
Anos depois, Miga casou com um cromo financeiro, não era giro, tinha uma conversa de seca, o sexo parecia misturado com dois comprimidos de Tramal Retard e havia dias que lhe apetecia dar um tiro na cabeça, mas naquele dia quando o viu a fixá-la à medida que ela deslizava pelo varão, ela soube que era o homem com quem ela iria casar, mas isso… é uma história para outra altura. E tudo isto graças a um maço de Marlboros Maravilhosos.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Don't be jealous of my boogie


Um hino como outro qualquer, mas este adoro-o profundamente, numa altura em que tudo parecia cair a pique, os versos (ainda que pouco profundos) fizeram um clique e consegui dar a volta.

Como a maioria pessoa, quando sou foco de uma crítica destrutiva, foco-me no naquilo e fico preso tal peixe num anzol e cada impulso para me libertar só sela mais o fim inevitável, e nessas alturas, lembro-me disto e o anzol desaparece, deixo de fazer força e sigo o meu caminho em frente.

Quando eventualmente forem focados com as críticas que atacam o nosso lado mais vulnerável que só destilam ódio, lembrem-se do "don't be jealous of my boogie" e sigam em frente.

Haters are going to hate, that's all they do anyway.

domingo, 12 de maio de 2013

Selo de Incentivo à Leitura

É raro eu receber selos, mas o João achou que sim, talvez por volta e meia eu falar de livros, ainda que não sejam livros bons, mas ler é ler e mais vale ler um livro do que ficar segredo, tirando o "The Secret"  ou qualquer coisa pela Alexandra Solnado.

Vamos às regras, não esperem que eu as cumpra todas:

Escolher dez blogs a quem passar o selo... er.. É expressamente proibido levar o selo sem convite, bem convido os meus leitores que tenham blogs a levar o selo se acharem o tema interessante. Nunca me sinto confortável em escolher uns blogs em detrimento de outros, porque razão não hão-de uns escrever sobre o assunto e outros não. Ah e considerem-se avisados.

A pergunta é "Que livro indicarias para alguém começar a ler?", posso falar sobre um dos livros que voltou a fazer com que eu lesse avidamente.



"Succubus Blues" da Richelle Mead foi um livro que me fez voltar a ler com voracidade, não por uma qualidade incrível mas sim pela protagonista incandescente  (a adorável succubus Georgina Kincaid, literalmente a versão sobrenatural de uma prostituta com coração de ouro) e o leque de personagens incríveis, especialmente o seu chefe, o demónio que é um sósia do John Cusack.

Semi-romance, semi-livro de suspense, Succubus Blues é o primeiro de seis livros que narra as (des)venturas de Georgina, succubus e vendedora numa livraria.

Sookie Stackhouse 13 Dead Ever After por Charlaine Harris

Este livro gerou polémica quando um leitor, que teve acesso a uma advanced reading copy, colocou spoilers pela internet fora. A autora foi defendida por colegas escritoras do género que provavelmente ficaram apavoradas que algo semelhante lhes possa acontecer.

Agora que este livro acabou, fico sempre com o travo amargo da despedida na boca, é sempre assim nas séries de televisão ou livros que gosto, leio ansiosamente para descobrir o final e depois fico triste porque nunca mais os vou ver.

A maioria dos fãs odiaram o final do livro, no entanto acho que temos que respeitar os autores, o livro terminou como a autora decidiu e não foi um fim que me espantasse, aliás quem me ouviu falar da série pessoalmente recorda-se que foi um dos finais que eu esperava, não o que eu mais gostava mas um dos que eu esperava.

Sookie Stackhouse, a mais famosa waitress telepata do Sul dos Estados Unidos conclui as suas aventuras, algumas pontas soltas foram arrumadas, outras nem por isso (como o primo dela que eu adoraria que a autora tivesse continuado a escrever) mas satisfez-me. Espero por outros livros da autora, que dá sempre um toque muito humano às suas protagonistas, como ela diz heroínas com defeitos.

Por enquanto estou com uma adolescente Carrie Bradshaw que eu queria ouvir há séculos, é um livro de Verão, não temos grandes expectativas e não desaponta.

Au revoir Sookie, vou sentir saudades.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Let's have a Kiki ou uma série de coisas misturadas e um vídeo


Honey, no T, no shade.... ou então all T, all shade.

Ah Willam, à tua pala ando com isto na cabeça, o facto de ter passado os últimos quatro meses a seguir fervorosamente RuPaul's Drag Race também não ajuda, fico até ao Verão com drag queen lingo e ninguém me percebe cuz I'll be serving drag vocabulary realness.

A kiki is a party, for calming all your nerves
We're spilling tea, and dishsing just desserts one may deserve
And though the sun is rising, few may choose o leave
So shade that lid and we'll bid adieu to your ennui

Ontem comprei a versão audio do "Dead Ever After" da Charlaine Harris, só vejo comentários de ódio ao livro mas não consigo deixar de adorar a Sookie, assim que a Johanna Parker começou a falar parecia que estava a falar ao telefone com uma amiga que não ouvia há séculos (pelo menos há um ano) e soube-me tão bem, ainda vou no início mas depois hei-de escrever sobre ele.

O post anterior foi uma experiência diferente, nunca tive tantos comentários so even bad publicity is good publicity.

Dive, turn, work!

sábado, 4 de maio de 2013

Pimenta no blog dos outros é refresco para mim



Ontem despoletei um post simpático num blog de uma amiga minha que ainda me fez rir ao final da tarde porque ela é assim, vai dizendo coisas algumas provocatórias, numas concordamos noutras não mas quem não gosta coma só as batatas.

Eis que quando olho para os comentários leio o ultraje de uma leitora que subiu a um pedestal para tentar tirar a P. do seu (não conseguiu, ela está lá com Super Cola 3 para o que der e vier)  e yada yada como podes tu ter uma opinião sobre uma classe trabalhadora e o caracol com os paus ao sol.

Aquilo deu numa troca de galhardetes e pouco avançou mas eu fiquei curioso com a integridade desta leitora também ela autora de um blog e fui ler o dela, claramente possuidor de uma qualidade incrível.

O que eu encontrei foi mais um blog de teor a minha vida + sadomaso, que nada contra (são tantos, quase todos iguais e todos a preto e branco) porque se há consenso então carga nisso.

Mas depois deparei-me com um post sobre as esposas de viseu, na altura estive para escrever mas o trabalho era tanto que deixei passar, mas esta autora escreveu isto.

Presunbenta e aguação claramente, porque a outra não podia dizer mal de uma classe trabalhadora, mas ela pode perfeitamente classificar mulheres de uma cidade inteira como más na cama e cheias de preconceitos sexuais. Há coisas que me irrita é acharem que vanilla is boring, cada um come o sabor de gelado que gosta e numa nota culinária, vanilla quando é bom é muito bom, porque é puro e cheio de sabor.

Mais ainda deve ser alguém que se esquece de uma tradição portuguesa de ir às prostitutas para fazerem coisas que não se fazem com as mulheres. Um dos meus primos quando éramos adolescentes dizia que a mulher dele nunca lhe faria sexo oral porque beijava-o depois a ele e aos filhos... uma conhecida com a minha idade dizia que não fazia sexo oral ao namorado porque isso era nojento ao que lhe respondi "para mim não servias" e tantos outros. É uma questão de cultura e não necessariamente de pensamento retrógrado que não é exclusivo ao género masculino ou feminino.

E isto uma mulher que escreve sobre outras mulheres que confesso que ainda me faz mais impressão.

Splendido Splendente



Em 1979, Rettore fazia a sua ode à cirurgia plástica, anestetico d'effetto e avrai una faccia nuova (...) sono splendida splendente io mi amo finalmente ho una pelle trasparente come un uovo di serpente, o que ela não fala são os inconvenientes.

Quinta foi dia do peeling, do qual eu já tinha memórias em 2005, e já sabia que ia ser desagradável mas acho que o meu cérebro sublimou a maior parte.

Trinta minutos de vapor escaldante na cara que incomoda de início, depois é abrasador e depois é insuportável, seguido de minuciosamente espremer os poros todos do meu nariz que eu honestamente achei que ia ficar com nódoas negras e depois (quase que juro que o tom de voz era sádico) ouvi "agora é o ácido.", deuses... au au au au...

Não há palavras, arde arde arde arde.

Meanwhile... (imaginem como se isto fosse uma série de televisão)

Tinha combinado com a Miss J. que depois de tortura com químicos nós merecíamos uma das melhores pizzas de Lisboa no Mezzogiorno e ela ia ter comigo ao consultório e depois esperava para seguirmos para o restaurante.

O problema aqui é que ela atrasou-se e eu entrei antes do tempo para o tratamento, o que significa que ela chegou a um consultório vazio para o espanto das assistentes seguido de um passa palavra "Ela está a aguardar o senhor que está no tratamento." que foi de assistente para a assistente para a médica que depois saiu da sala e lhe disse "Então está aqui à espera? Boa espera!", quando saí parecia que tinha apanhado um escaldão, não como a Samantha no "Sex and the City" quando ela tem que ir à festa de publicação do livro da Carrie com o chapéu e o véu, mas apenas um grande escaldão.

A seguir fi-la passar uma vergonha (disse ela) no elevador porque descrevia minuciosamente o processo para aqueles que nos acompanhavam que tinham uns fatos de treino saidinhos de 1989, brilhantes e sintéticos.

O que valeu neste dia, para além da companhia, foi a pizza que realmente estava maravilhosa (e a burrata, ai a burrata) e um brinde com limoncello que me ia furando o estômago.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Realidade versus Expectativas

Antes de ir de férias pensei, wow vou escrever, vou meter o blog em dia yadayadayada...

Pois... como leram (ou aliás como não leram), não aconteceu nada disso, poderia dar mil e uma razões mas a única é que sou preguiçoso (tenho três posts em draft-mental) ah e o facto de que existem jogos da Lego, já foi o Harry Potter 1-4, o Lord of the Rings e o Batman 2. Agora vou no Star Wars, não os joguei todos nas férias mas é um pedaço compulsivo.

Hoje é dia do primeiro tratamento da minha pele que decidiu voltar à adolescência, os comprimidos (não obstante os efeitos secundários, malditos lábios sempre secos) são maravilhosos e está estável e hoje vou levar com ácido salicílico na tromba, o que segundo as minhas memórias de 2005 são cinco minutos de agonia, lembra-me quando em acções de formação digo que cinco minutos é pouco tempo mas depois deixo-os durante cinco minutos em silêncio absoluto. Parece uma hora.

E para quem me lia no LJ, wish me monsters...